quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amar, Ensinar, Aprender e ser um humano em outros..

Uau! A aula de quinta foi magnifica!

Começamos a aula,no horário de sempre, a professora propôs que discutíssemos em vários grupos de 5 a 7 pessoas uma aula da Professora Javany Viana de título " Ser professor é gostar do outro"; discutir o que é ensinar e o que é aprender?; e O moodle, por fim.

Mas, após isso, fez uma dinâmica com a turma. Era um tipo de ludicidade, a qual todos ficaram em círculo de braços dados e dançando uma coreografia  da música Escravo de jó (descordo da proposta musical racial, depois explico). Todos tinham que obedecer uma coreografia, simples, porém quando todos unidos em círculo foi um problema e muito engraçado, bate-cabeças, giravamos e ziguezagueavamos, ri muito. Quando terminou a dinâmica, ela justificou que era para um maior entrosamento entre nós de forma lúdica, engraçada. Achei interessante e muito bom pois todos se divertiram e pareceram mais abertos uns para os outros, em questão de intimidade. Pretendo um dia em minhas aulas usar isso a cada 15 dias no início do ano letivo ou quando necessário para amenizar as divergências na sala de aula.

Partimos logo para aos debates entre nós nos grupos de 5 a 7 alunos. O meu grupo era composto por Thiago, Paloma, Vanessa, Matheus, Lis(z), Leda e Matheus (não lembro os sobrenomes). Para lhes contar um pouco do que foi o debate, tenho que lhes resenhar sobre a aula da Professora Viana. No ano de 2002 a professora Juvany Viana foi convidada para uma palestra dentro da Faced (Faculdade de Educação) da Ufba. Ela falou a respeito de suas experiências ao longo de 20 anos de ensino para crianças. Sendo que ela era uma professora leiga, sem formação. Muito claro dentre as passagens dela, estão o amor e tempo que ela dedica aos seus alunos numa cidade do interior da Bahia. Sempre com baixas condições financeiras e qualidade estrutural, fazia de tudo para passar o que aprendeu em sua formação até a 7ª série do fundamental. Sempre muito interessada em seus alunos dentro e fora da sala de aula.

A partir disso conversamos muito a respeito de alguns aspectos da palestra, como a linguagem dela, o amor e comprometimento com os alunos, comportamento diferenciado das crianças entre as regiões (interior x exterior), a necessidade de se aprender e ensinar por empatia, o que ela fez em difíceis situações e suas vitórias.

A linguagem:
A minha colega Lis juntamente a Thiago (ambos do curso de letras) colocaram que para uma professora leiga do interior a professora Juvany tinha uma boa oratória e poucos vícios de linguagem de fácil compreendimento. Logo assim, nota-se que ela tem uma prédisposição a repassar conhecimento, visto que ensinar é se comunicar bem.

O amor e comprometimento com os alunos:

Via-se muito claramente que aquela mulher negra professora do interior da Bahia, de baixas condições financeiras tinha muito amor na relação com seus alunos por diversas passagens de sua aula. Mesmo com uma estrutura física da escola ruim e inadequada, ela por vezes tirava dinheiro do bolso próprio para investir em material escolar para seus alunos. Ela estava presente dentro e fora da sala nos intervalos e depois da escola disposta a atender seus alunos no que for necessário. Costumava também, brincar com eles fora das salas nos intervalos de aulas.

Ensinando: crianças do interior e da capital

A partir do que a professora Vianna revela em sua aula e baseado nos dados do mec na Provinha Brasil os alunos do interior  da Bahia, principalmente no centro-oeste, as crianças possuem menor qualidade de educação do que na capital de Salvador, e região metropolitana. Visto isso, pode-se avaliar que o ensino para crianças do interioranas necessitam de uma atenção mais especial por passar dificuldades não vistas na maioria das crianças da capital, como ausência de infra-estrutura e professores qualificados.

Ensinar e aprender por amor e mais fácil

Tudo que se faz com gosto, amor e tesão são de desgaste menor e prazerosos. Seja no trabalho ou na hora de se aprender e ensinar. Tem que se gostar do que está fazendo para deixar a tarefa menos árdua. Necessita-se sempre colocar o assunto e questõesde uma forma mais lúdica e gostosa para apuração maior do proposto. Para se educar, o professor tem que gosta de pessoas, tem que gostar do que faz. Como vou passar uma verdade, se não acredito nela?

Revolta e reivindicação

Observando-se todas as dificuldades da professora apresentadas pelo texto e informações posteriores nas aulas de organização da educação brasileira no semestre 2011.1, estas são universais. Disso uma onda de revolta invadiu todos discursos dos meu colegas, de forma irritada. Muitos questionaram a luta da classe dos professores, o movimento estudantil, muito queixosos decidiram alfinetar mais alunos, professores e políticos alienados ou acomodados. Desde o início do ano venho tentando indicar-lhes um grupo de movimento estudantil de âmbito nacional, Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), que tem participações políticas e sociais sem investimento governamental. Torna-se ncessário  unirmos em prol dessa luta de forma organizada e otimista.

O site da Anel para os interessados: http://www.anelonline.org/

Mas, tentemos fazer o que a professora negra, gorda e pobre fez por um bom número de alunos, que passou com muito mérito e felicidade por 20 anos de descaso do governo na educação em sua cidade. As autoridades e o poder máximo deste país esqueceu de investir no seu povo, esqueceu das estruturas, dos professores, e dos alunos. Ela é uma justiceira que decidiu sobreviver e fazer mudanças a partir de suas condições. Ela deve ser o o horizonte, quando olhamos pelo mirante, ou uma estrela cadente que nós devemos seguir com os olhos e sonhos.

Os debates foram interessantíssmos, ancio por mais como estes amanhã na quinta feira 15 de Setembro.

Um abraço, e até a próxima postagem

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